E.E.
VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO
MATEMÁTICA
2A, 2B PROFª DÉBORA
SEMANA DE 15 A 19 DE JUNHO
Boa noite, alunos!
Ainda é possível entregar as atividades do 1º bimestre. Lembrando que
vocês devem mandar todos os trabalhos de matemática para o e-mail profdeboramacias@hotmail.com.
Estou no aguardo!
AULA DO CMSP DO DIA 15/06/2020 – MATRIZ
Copie e resolva as questões a seguir em seu caderno. Em seguida fotografe
e envie para o e-mail profdeboramacias@hotmail.com
1)
Seja aij a representação de uma matriz na linha i e coluna j,
escreva a matriz:
A = ( aij )2x3 onde aij = 2i+3j
2) Seja bij a
representação de um elemento de uma matriz na linha i e coluna j, escreva a
matriz:
B = (bij )3x3 onde bij = i/j
3)
Seja cij
a representação de um elemento de uma matriz na linha i e coluna
j, escreva a matriz:
C = (cij )4x4
onde cij = i2+j
ATENÇÃO: no corpo do e-mail você deve colocar seu nome, número,
série, título da atividade e data (semana 17/06).
2º ano SEMANA DE 15 A 19 DE JUNHO
Atividade de Física 2A/2B
Profº José Carlos Alvares
Tema 4 do Caderno do Aluno do 2º Bimestre - Calor como Energia
1. O que você entende por energia? Explique e dê exemplos de transformações de energia.
2) O que é calor? Quais são asmedidas do calor?
3) Qual é a relação entre energia mecânica e a quantidade de calor?Dê exemplos.
4) O que você entende sobre Equivalente mecânico de Calor? Explique o Experimento de Joule.
5) Quais são as transformações de energia envolvidas no experimento de Joule?
Enviar a atividade para o Google Classroom e para o e-mail atividadesdefisicaequimica10@gmail.com
com nome número e série.
O trabalho pode ser feito no Word
Atividade de Biologia-2º ano de EM
Aula do CMSP do dia 16/06.
Professora Carla Zeinum (e-mail- profcarlazeinum@gmail.com)
Link da aula-16/06. https://www.youtube.com/watch?v=45lzDIrK4IM
BIOLOGIA- MITOSE E CÂNCER.
1- MITOS OU VERDADES- QUIS
Há muitos mitos que giram em torno do câncer. A palavra “câncer” tem origem latina e significa, literalmente, caranguejo. Tem esse nome pois as células doentes atacam e se “infiltram” nas células sadias como se fossem as garras do crustáceo. Muitas vezes uma interpretação. de fatos relacionados ao câncer ou uma generalização de um caso isolado da doença acaba por fazer com que ideias, e até mesmo crenças, se apresentem como verdades.
O(a) professor(a) irá conduzir uma dinâmica, na qual a turma irá utilizar plaquinhas para
apontar o conhecimento sobre o assunto. A turma poderá optar pelos símbolos:
Analise as seguintes afirmações e indique se é mito ou verdade
1. O câncer é sempre hereditário:____________________
2. O câncer é contagioso:___________________________
3. O câncer não tem cura:___________________________
4. O câncer pode ser prevenido:______________________
5. Todo tumor é câncer:_____________________
6. Qualquer pessoa corre o risco de desenvolver câncer:______________
7. Andar muito de avião ou ficar sempre perto de antenas de celulares aumenta o risco de
desenvolver câncer:___________________
8. Adoçantes artificiais provocam câncer:____________________
9. Câncer de pele é mais comum em pessoas acima de 40 anos:__________________
10. Pessoas da raça negra não correm risco de ter câncer de pele:_____________________
11. A destruição da camada de ozônio aumenta as chances de se desenvolver algum tipo de
câncer, principalmente o câncer de pele:____________________
12. A maior incidência de câncer de pele ocorre na cabeça, no rosto e no pescoço:_________
13. O uso do filtro solar protege contra todos os raios ultravioleta:_____________
14. Todas as pintas e sinais podem virar câncer:______________
15. O tabaco causa apenas câncer de pulmão_______________
16. Desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama:
17. Amamentar protege contra o câncer de mama:____________________
18. A pessoa que faz o autoexame das mamas todos os meses não precisa fazer mamografia:______________________
19. O câncer de próstata causa diminuição de virilidade:______________________
20. Estudos indicam que o contato e/ou consumo de agrotóxicos aumenta a probabilidade do desenvolvimento de câncer. ____________________________
EE VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO – SEMANA 15.06 A 19.06
2ª Série – Processos Colaborativos em Artes Visuais.
DISCIPLINA - ARTE - PROFA. MARGARIDA
Indicação e Orientação de Atividades
De acordo com o caderno do aluno 2º bimestre: Ação Expressiva – Atividade 3, 4 e 5.
Texto:
Use diversos materiais para o processo de criação que ajudem na organização de uma exposição da produção e analise o repertório cultural das poéticas pessoais a partir das referências apresentadas.
Sugestões de Materiais: Papel, lápis de cor, frases, palavras, imagens de desenhos, cola, tesoura, papelão, barbante, recorte de revistas, caneta hidrocor, etc.
a) Criação do objeto poético no caderno conforme orientações dadas acima para a realização e, responda: - Quais diferenças e semelhanças no modo de construir os objetos poéticos?
b) Se você tem o hábito de fotografar como você falou anteriormente, usando seu celular, fotografe para explorar o procedimento e sua ideia e, realize o registro fotográfico.
c) Selecione 5 (cinco) fotos de revista que considere interessante e anexe (cole) em seu caderno.
Observação: A atividade deve conter em seu cabeçalho: Seu nome, número e série que pertence. Toda atividade DEVERÁ ser feita no caderno de arte.
___________________________________________
FILOSOFIA - Semana de 15 a 19.06
TEMA:
INTRODUÇÃO À TEORIA DO INDIVÍDUO – JOHN LOCKE, JEREMY BENTHAM E STUART MILL.
Objetivo:
Identificar diferentes concepções de indivíduo.
Continuação
de aula – página 85.
No
contexto da história da Filosofia, é possível identificar exemplos de
diferentes concepções sobre o que é o indivíduo. As mais conhecidas são aquelas
defendidas pela filosofia liberal. As informações já foram reunidas por você
sobre John Locke, Jeremy Bentham e John Stuart Mill e acreditamos que foram
obtidas por meio de diferentes manuais de filosofia e mesmo na internet. As
buscas servem para que você aluno compreenda o liberalismo proposto por esses
pensadores e como suas teorias podem ser interpretadas atualmente.
Atividade
A:
1)
Retome o significado e escreva: O que significa as palavras Utilitarismo e Networking? Quanto a palavra utilitarismo – pesquise seu
significado em dicionários de filosofia.
A
partir da pesquisa realizada responda:
2)
Segundo os utilitaristas, para que servem as ações?
3)
O que é felicidade para Stuart Mill?
4)
Qual é a concepção de indivíduo que pode ser identificada a partir das
considerações de John Locke?
5)
O utilitarismo, pensado no século XIX, ainda é válido nos dias atuais?
Explique.
6)
O networking pode ser considerado uma
forma de utilitarismo? Justifique a sua resposta, utilizando como referência um
dos filósofos pesquisados na atividade anterior.
Atividade
B:
→
A partir das aulas e das leituras realizadas, elabore um episódio
autobiográfico baseado em fatos reais ou ficcional, em que eventos relacionados
ao utilitarismo são narrados. Neste episódio autobiográfico, você deve indicar
um personagem (aluno, professor, vizinho, tia, entre outros) que seja capaz de
“encarnar” uma tese utilitarista (Benthan ou Stuart Mill).
Orientação:
Para a produção desse projeto, eles devem destacar um evento pessoal como uma
festa, uma viagem, um passeio e/ou uma questão existencial; se o relato ganhar
contornos mais reflexivos, uma frustração, um conflito ou uma paixão que possa
ambientar o episódio autobiográfico. Estes e outros cuidados, se tratados com
atenção, podem fazer a história ficar mais agradável e proveitosa.
__________________________________
2º ano SEMANA DE 15 A 19 DE JUNHO - Química
Trabalho de pesquisa sobre o Estudo das Soluções
Pode ser feito no Word
2º EM – História – Semana 15/06 a 19/06
Assistir o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=zeBFhBGbmxc
Atividade:
Uma pesquisa das principais invenções produzidas na Segunda
Revolução Industrial. Explicar as principais transformações geradas por esse
movimento.
ATENÇÃO: Quando enviarem por e-mail, coloquem no "assunto" do e-mail, Sala, Número e Nome.
Questão 2
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.° 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.
Questão 3
A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.
E.E VISCONDE DE SÃO
LEOPOLDO
NOME: SÉRIE: 2ºA e 2ºB
MATÉRIA: GEOGRAFIA- 2° BIMESTRE - PROF. JOBSON
AULA-03 E 04 TEMA-02
Obs.”Responda
as atividades no caderno, ou se quiser faça um vídeo no celular
respondendo-as”, diga seu nome completo, o nome da matéria, o nome do professor
Geografia, o nome da escola, e a sala, depois envie no e-mail. Mas, se as
atividades forem no caderno, por favor, tire uma foto e envie para correção no
e: prof.humanasjobson@gmail.com
LEIA MATERIAL DE APOIO PARA CONSEGUIR RESPONDER
ATIVIDADES
1. Identifique trechos ou temas no texto – relevantes para o entendimento da formação territorial do Brasil.
2. Que
fatores históricos e/ou estratégias foram marcadamente importantes para:
a) a
expansão territorial colonial;
b) a
consolidação de uma unidade política, evidenciada pela independência do Brasil
em 1822;
3.
Explique, com suas palavras, o que você entendeu sobre “Economia de ArquipélagoS
ECONÔMICOS”
Materiais e atividades sobre A
formação territorial brasileira TEXTO: FORMAÇÃO
TERRITORIAL DO BRASIL: Gênese e transformações territoriais
Não era óbvio que o Brasil se
tornasse o gigante que é hoje: a parte do continente atribuída a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas (que definiu, em
1494, possessões espanholas e portuguesas) era limitada pelo meridiano que
passa pela foz do rio Amazonas.
Dois
séculos e meio depois, as fronteiras atuais, estão a quase três mil quilômetros
a oeste da anterior. A construção de um arquipélago continental Quando Pedro
Álvares Cabral aportou na costa da terra que se tornaria o Brasil, no dia 22 de
abril de 1500, seu objetivo não era conquistar novas terras - a meta essencial
da Coroa portuguesa era, então, o controle da rota das especiarias orientais.
Para haver nessa colônia certa consolidação da implantação portuguesa foi
necessária a ameaça de novos rivais, os aventureiros franceses, navegadores
vindos principalmente da Normandia, que estabeleceram feitorias e concluíram
alianças com os indígenas. Essa rivalidade levou a Coroa a empreender uma
política de colonização sistemática e foi uma das razões da criação das
"capitanias hereditárias", em 1532. Atribuindo a nobres portugueses
vastas porções da nova colônia, o rei esperava que pudessem confirmar até 1559
a sua soberania, cujo alcance era limitado, sobre alguns pontos de povoamento
costeiro, entre Itamaracá (ao norte da atual cidade de Recife) e São Vicente
(São Paulo). É nesse contexto que se situam as tentativas arriscadas de
colonização pela França e pela Holanda até que essa última se voltou para as
Antilhas e as transformou nas "ilhas do açúcar", provocando, assim,
em grande parte, a crise da economia açucareira brasileira. O continente
ficava, então, bem menos interessante, e as novas potências coloniais, a
França, a Holanda e a Inglaterra, satisfizeram-se com as Guianas. E, portanto,
graças mais ao desinteresse de seus rivais do que à sua própria energia que
Portugal pôde ter consolidado um vasto império continental. Não se pode
menosprezar um período famoso da história colonial, as bandeiras, essas
expedições lançadas através do continente, com a bênção distante da Coroa, que
contribuíram fortemente para estender o domínio português. Seu foco principal
foi um povoado nascido ao redor de um colégio fundado pelos jesuítas. São
Paulo. Desta aldeia, onde se falava mais tupi que português, partiram expedições
compostas de um punhado de brancos agrupados em volta de uma bandeira, algumas
dezenas de mestiços e, principalmente, índios aliados, que conheciam melhor que
os portugueses as trilhas antigas e os recursos naturais que podiam ser usados
no caminho. Favorecidas pela topografia, já que os afluentes do Paraná as
conduziam para o interior, essas expedições duravam anos, durante os quais os
bandeirantes percorriam centenas de quilômetros, parando, às vezes, para
plantar milho ou mandioca... e esperar a colheita. A partir dos afluentes da
margem esquerda do Paraná, essas expedições de longo curso dirigiam-se para o
Sul, descendo até o Rio da Prata, para o oeste, subindo os afluentes da margem
direita, ou para o norte, via rede amazônica. O motivo dessas aventuras era
evidentemente a esperança de lucro, porque pretendiam capturar índios para as
plantações de cana-de-açúcar do litoral. Os bandeirantes logo entraram em
conflito com jesuítas portugueses e, sobretudo, os espanhóis, porque as aldeias
de missão, onde tentavam agrupar e catequizar os índios, constituíam presas
tentadoras. Mais tarde, voltaram-se para a prospecção de metais e pedras
preciosas, descobrindo, no fim do século XVIII, as jazidas de ouro de Minas
Gerais e, em seguida, as de Goiás, em 1718, e as de Mato Grosso, em 1725.
Outras razões devem, no entanto, ser consideradas, como o gosto pela guerra e
pela violência. Tanto que nos conflitos contra os índios do interior do
Nordeste, bem como na guerra contra os holandeses, os paulistas estiveram presentes,
voluntários ou convocados. Por último, o gosto pela aventura e pela exploração.
Como entender sem ele essas andanças intermináveis e perigosas em territórios
totalmente desconhecidos? As bandeiras desempenharam um papel fundamental na
expansão do domínio português e contribuíram fortemente para dar ao País, que
nasceu em 1822, uma extensão próxima da atual. Sem elas, os sucessos dos
diplomatas portugueses que obtiveram o reconhecimento de jure et facto da
ocupação obviamente não teriam sido possíveis. A batalha, no entanto, ainda não
estava totalmente ganha, pois esse país imenso continuava a ser frágil e corria
riscos, caso a autoridade real enfraquecesse. Napoleão I foi um dos artesãos -
involuntários - da unidade brasileira, no momento em que o império espanhol se
desagregava. A decisão tomada pela Corte portuguesa de refugiar-se no Brasil
para fugir da ameaça dos exércitos napoleônicos é uma das grandes
"bifurcações" entre o destino do Brasil e o da América Latina. 2
Naquele mesmo momento, o rei da Espanha escolhia permanecer, o que contribuiu
para a divisão do seu império. Se dom João VI tivesse decidido diferentemente,
pode-se imaginar, dada a diversidade natural do território brasileiro e a
grande variedade das células econômicas criadas entre 1500 e 1808, que este
espaço poderia ter dado origem a uma série de países lusófonos de dimensão e
originalidade largamente comparáveis às antigas subdivisões do império
espanhol. Em Salvador e no Recife, nas cidades de Minas Gerais, do Rio de
Janeiro, de São Paulo, grupos estavam prontos para fazer como fizeram os seus
semelhantes de Lima, da Cidade do México, de Quito ou de Bogotá. No entanto, o
poder imperial instituído possuía poder diplomático frente a Inglaterra e poder
militar frente aos movimentos separatistas e abolicionistas que eclodiram para
manter por mais tempo, na unidade desse novo país, a escravidão. A “solda
escravista” interessava às oligarquias regionais que, sozinhas e na formação de
novos países, possivelmente republicanos, não conseguiriam manter a lucrativa e
repugnante prática de escravizar pessoas. O Brasil que nasceu com a
Independência, proclamada no dia 7 de setembro de 1822, tinha tudo para
surpreender um observador externo; de fato, viajantes estrangeiros expressaram
sua admiração em relação a esse paradoxo: um país imenso e de marcada
diversidade econômica e humana, mas que mantinha, ao mesmo tempo, uma profunda
unidade política. Porém, apesar dessa unidade, e por mais maciço e imenso que
seja, o Brasil tem funcionado há muito tempo (e ainda funciona, sob vários
aspectos) como um arquipélago. Sua história econômica, durante mais de quatro
séculos, consistiu, como demonstrou Celso Furtado, em uma série de ciclos
econômicos, uma sucessão de grandes produções que formaram sucessivamente o
essencial das suas exportações: açúcar nos séculos XVII, ouro no fim do século
XVII e no início do século XVIII, café nos séculos XIX e XX, borracha no início
do século XX. Deve-se a essa sucessão de especulações a formação do arquipélago
brasileiro, porque cada uma delas afetou uma região diferente do País: açúcar,
o Nordeste; o ouro, Minas Gerais; o café, o Sudeste; a borracha, a Amazônia.
Cada uma imprimiu sua marca, permitindo o povoamento de regiões até então quase
vazias, dando um estilo às relações sociais e à organização do espaço dessas
regiões. As consequências da formação por ciclos não terminam nessa
heterogeneidade, mas implicam determinado funcionamento do conjunto do
território nacional. O Brasil independente permaneceu, ao longo de todo o século
XIX e na primeira metade século XX, como uma coleção de células
agroexportadoras justapostas, um mosaico de regiões quase autônomas formadas no
auge desses ciclos. Cada célula centrada na produção de um tipo de exportação,
drenado por uma rede de vias de transporte para um porto marítimo, era, por sua
vez, constituída de células produtivas menores formadas por grandes fazendas ou
plantações. Pode-se falar literalmente de uma economia de arquipélago
brasileira, pois essas células comunicavam-se apenas por cabotagem1 , ao longo
do litoral. O fato foi provado quando o Brasil entrou ao lado dos Aliados na
Segunda Guerra Mundial: alguns submarinos alemães foram suficientes para cortar
qualquer relação entre Rio de Janeiro e Salvador e, por conseguinte, entre o
norte e o sul do País, já que não existia nenhuma rota interna, à exceção da
precária via navegável do São Francisco. A história da formação do território
não se reduz, no entanto, a esses ciclos. Entendê-la pressupõe levar igualmente
em conta diversos outros fatores, como o dinamismo dos bandeirantes, os
esforços dos missionários, a paciente expansão dos pecuaristas e a tenaz
vontade política e administrativa da Coroa portuguesa. As bases - os séculos
XVI e XVII A primeira base econômica séria do País foi a produção de açúcar. O
clima e os solos de se revelaram ótimos, e os portugueses encontraram assim, o
grande produto de exportação que justificava e permitia uma sólida ocupação.
Era intensa a demanda por esse produto raro, leve e facilmente estocável. De
fato, o Brasil se posiciona, na primeira metade do século XVII, o principal
produtor mundial de açúcar. As consequências dessa expansão foram de várias
ordens. Primeira: Era necessário, para cultivar a cana, importar escravizados
africanos: os primeiros chegaram em 1532, e o tráfico três séculos, até que, a
partir de 1842, a Grã-Bretanha fizesse respeitar, pela força, sua proibição.
Partindo do Golfo da Guiné, inicialmente, e de Angola e Moçambique que, em
seguida, milhões de africanos foram deslocados para trabalhar nas plantações do
Brasil. Em outra escala, o ciclo do açúcar gerou ciclos secundários que
marcaram outros espaços. Para pagar os escravos, os colonos portugueses
instalados no Brasil necessidade de uma mercadoria de troca. Não ocorreu nesse
caso a modalidade clássica do "comércio triangular" com produtos da
metrópole, mas a troca direta, com pagamento em fumo: o Recôncavo Baiano,
região próxima a Salvador, foi especializado nessa produção. Era necessário
também produzir o alimento para os escravos. Na região do açúcar ninguém queria
perder tempo nem espaço para uma produção alimentar e ainda criar os bois para
impulsionar os moinhos que esmagavam a cana. 1 Cabotagem é a navegação
realizada entre portos interiores do país pelo litoral ou por vias fluviais. 3
Essas necessidades provocaram a criação de zonas especializadas: as culturas
alimentares no agreste (a zona de transição para o interior seco) e a criação
extensiva de gado no sertão. Nessa vasta zona semi-árida não se podia pensar em
produção agrícola, e a pecuária permitiu conquistá-la, subindo os rios,
notadamente o São Francisco. Dessa época e desse ciclo econômico data, por
conseguinte, a formação de um complexo nordestino cujos traços sobreviveram por
não terem sofrido alteração por nenhum ciclo posterior. A primeira base da
economia foi, portanto, o açúcar, e a unidade do Brasil deveu-se muito ao
controle político do território exercido pela Coroa. Porém sua expansão foi
graças a seus exploradores e seus pecuaristas. A tarefa de estender realmente o
território, de ocupá-lo, de traçar rotas certas e duradouras, foi dos
pecuaristas. Assistiu-se a uma conquista fulminante, a uma verdadeira explosão
territorial, cuja consolidação e valorização vieram graças a seus pacientes
esforços para estabelecer estradas, fazendas e pousadas. Presentes desde a
época do açúcar, os pecuaristas tinham ocupado a mata semi-árida do sertão,
criando bois para fornecer às plantações do litoral a carne seca, o couro e os
animais indispensáveis para girar os moinhos dos engenhos. As minas de ouro
também precisaram deles, e o movimento de expansão da criação prosseguiu para o
interior, para o norte e para o sul. Os pecuaristas, que já tinham ocupado o
alto São Francisco antes da descoberta do ouro, reforçaram sua presença, porque
as minas constituíam novos mercados. Essa criação, apoiada nas estradas e
feiras estabelecidas, deu impulso decisivo à extensão do domínio português para
o sul, frente aos espanhóis. Foi, portanto, a pecuária, mais do que o ouro, que
contribuiu para dilatar o espaço brasileiro, tanto que ela durou após o colapso
aurífero, criando estradas e ponto de apoio estáveis: as fazendas eram
estabelecimentos fixos, duradouros, amparos úteis nestas extensões imensas. A
partir delas, o gado ia para o litoral seguindo caminhos fixos de rio em rio,
as estradas boiadeiras, comparáveis aos trails do oeste americano. Ao longo
dessas pistas, que fixaram o traçado das estradas de hoje, povoados ofereciam
etapas, pastos para descanso ou engorda e feiras periódicas. Muitas delas
tornaram-se grandes cidades, como Feira de Santana (Bahia) ou Campina Grande
(Paraíba). Mundo sem escravos, violento, porém mais igualitário que o universo
das plantações e das minas, o mundo da pecuária prolongou as zonas do açúcar e
do ouro - uma fronteira móvel, mas organizada, onde se manteve o espírito
pioneiro dos bandeirantes, consolidando e homogeneizando o espaço que tinham
conquistado. A expansão e a consolidação -séculos XVIII e XIX Faltava, contudo,
conquistar a imensa bacia amazônica para dar ao País a sua atual dimensão, o
que foi feito a partir do fim do século XVIII. A Coroa portuguesa tinha sido
levada a tomar posse da foz do Amazonas para responder à ameaça dos corsários
estrangeiros. Em seguida ocorreu um duplo movimento, o dos militares e dos
jesuítas, ambos fixando seus estabelecimentos, fortes ou missões cada vez mais
longe, rio acima. Eram ambos ansiosos de avançar o mais rapidamente possível,
porque, no mesmo momento, outros militares e outros missionários progrediam também
na bacia do Amazonas - os emissários do rei da Espanha. Graças a essa disputa,
que continuou mesmo quando as coroas da Espanha e de Portugal tinham se unido
(União-Ibérica: 1580 -1640), a progressão foi rápida, apesar dos parcos
recursos. O forte de Manaus foi fundado em 1669, e as missões escalonaram-se ao
longo de todo o rio a partir da metade do século XVII. Quando os jesuítas foram
expulsos, em 1661, a conquista estava praticamente terminada. No século XVIII,
o movimento ampliou-se, progredindo ao longo dos afluentes. A exploração
econômica reduzia-se à caça e à extração de algumas plantas, raízes, borracha e
resinas, e os sonhos de riqueza, alimentados por mitos recorrentes (o lago
Pari-ma, o Eldorado), nunca se materializaram. O motor da conquista foi a
vontade dos portugueses, agentes da Coroa e da Igreja, de estender seu domínio.
Dois fatores favoreceram essa ambição. Por um lado, era mais fácil avançar rio
acima, beneficiando-se da navegação franca da bacia do Amazonas, enquanto nos
domínios espanhóis a cordilheira dos Andes constituía um formidável obstáculo.
Por outro lado, a resistência espanhola foi frouxa e descontínua, porque a
Amazônia pesava pouco em um império assentado principalmente sobre as
populações e as minas do Peru e do México, cujas linhas de comunicação passavam
mais pelo Caribe e pelo Rio da Prata do que por este rio remoto e pouco cômodo.
Em 1750, no Tratado de Madri, que definia e delimitava em alguns trechos os
impérios espanhóis e portugueses. É notória a expansão territorial desde
Tordesilhas. O século XIX e o início do século XX foram marcados pelos últimos
"ciclos", sem dúvida os que mais contribuíram para modelar o
território. O mais curto foi o da borracha. A demanda mundial de pneumáticos
cresceu muito rapidamente com o desenvolvimento do automóvel, e para
satisfazê-la instaurou-se todo um sistema. No patamar superior estavam as casas
de importação e exportação de Belém e Manaus, e no inferior os seringueiros. 4
A maior parte vinha do Nordeste, menos atraídos pela borracha do que expulsos
pela terrível seca que devastou o sertão a partir de 1877. Mais de um milhão de
nordestinos vieram, assim, instalar-se na Amazônia, e muitos ficaram após o
desmoronamento do sistema da borracha. Com esse episódio, começou a primeira onda
de migrações internas, prova de que a população brasileira tinha atingido sua
massa crítica e já era, então, bastante numerosa para alimentar correntes
internas, das regiões mais consolidadas para as terras novas, sem depender
totalmente da imigração. A partir de 1910 - quando a Amazônia produzia 80% da
borracha mundial -, as plantações inglesas e holandesas do sudeste da Ásia
chegaram à maturidade, e a sua produção, mais regular e menos dispendiosa que o
extrativismo amazônico. Durante esse curto período, a Amazônia brasileira foi
percorrida, ampliada, e os avanços pioneiros foram oficializados pelos tratados
com a maior parte dos países vizinhos, como o de 1903, que permitiu anexar o
Acre. Foi também povoada: sua população passou de 300.000 habitantes a
1.500.000 entre 1872 e 1920. Privada dos recursos da borracha, entrou em
letargia, da qual saiu apenas no início dos anos de 1970. Nesse mesmo período,
a onda do café transformou o sul do País e assegurou a sua decolagem econômica.
Introduzido no Brasil no século XVIII, o café desenvolveu-se magnificamente. No
momento em que a demanda mundial para a nova bebida aumentava, o país podia
oferecer climas e solos bem adaptados às exigências dessa planta delicada,
encontrando, assim, o novo recurso que lhe faltava para impulsionar novamente a
economia. Essa nova cultura podia, além disso, servir-se dos antigos sistemas,
aqueles da cana-de-açúcar, e inicialmente não provocou nenhuma mudança de
estrutura. As plantações de café, originalmente próximas do Rio de Janeiro,
estenderam-se progressivamente para Minas Gerais e, sobretudo pelo vale do
Paraíba do Sul, para São Paulo. O café encontrou nos planaltos ocidentais sua
terra preferida, onde, sob florestas intactas, estendiam-se solos férteis, a
famosa terra roxa, a terra avermelhada pela decomposição do basalto. No
entanto, o ciclo do café não constituiu uma réplica tardia e meridional do
ciclo do açúcar. O sistema escravista da plantação, dominado pela casa-grande,
já era, no século XIX, um anacronismo insuportável. Externamente, a
Grã-Bretanha, por razões diversas, algumas nobres e outras nem tanto, liderava
a campanha pela abolição da escravatura e impunha a proibição ao tráfico sobre
todos os mares. Era também insuportável internamente, para as elites intelectuais,
cujo ponto de vista, apoiado em considerações humanitárias e práticas, acabou
influenciando a decisão do imperador. A queda do Império seguiu-se à abolição
da escravatura, proclamada em 1888, e essa conjunção, não fortuita, marcou em
todos os planos a entrada do Brasil em uma nova era. A cultura do café foi
inicialmente desorganizada pelo fim da escravidão, mas a resposta foi
rapidamente encontrada: substituiu-se a mão-de-obra servil, pouco qualificada e
evidentemente pouco motivada, por uma mão-deobra assalariada ou sob contrato
constituída essencialmente de europeus, cuja imigração era organizada e
parcialmente custeada pelos fazendeiros e pelo governo de São Paulo. Esse
brusco fluxo de população permitiu estender as plantações e, em pouco tempo,
todo o sistema se organizou em torno da ferrovia, que permitia fazer avançar a
frente de desmatamento e exportar o café. Sobre os espigões dos planaltos
ocidentais montou-se uma rede que ligava as cidades regularmente espaçadas.
Esse novo ciclo econômico alterou profundamente as estruturas do País. Como os
ciclos precedentes, dominou de maneira quase exclusiva a economia nacional,
modelou uma nova região, e, posteriormente, começou a declinar. Porém, tinham
sido introduzidos novos fatores que permitiriam continuar o processo de
desenvolvimento em outras bases, e a antiga região do café é hoje notável por
muitas outras atividades, que lhe asseguram uma supremacia esmagadora na
economia brasileira. Dessa longa sucessão de ciclos, o País saiu profundamente
marcado em sua estrutura regional e em seu estilo de desenvolvimento. Vestígios
dos ciclos são ainda bem visíveis no arquipélago brasileiro, pois o
deslocamento do centro de gravidade deixou atrás de si três tipos de regiões.
Aquelas que são apenas ruínas de ciclos anteriores, as que puderam sobreviver
ao seu fim e, por último, aquelas em que se acumulam atividades dinâmicas,
recursos e poder. Os desequilíbrios regionais, tão evidentes no Brasil, são, em
grande parte, produtos dessa história contrastada. Assim, a organização atual
do espaço brasileiro incorpora, por conseguinte, as heranças de sua história
econômica, da gênese de sua economia e de sua sociedade. O Sudeste
beneficiou-se, após o ciclo do café, das condições acumuladas que foram
fundamentais para o desenvolvimento industrial que mudou o ritmo da história
econômica brasileira.
FONTE: THÉRY, Hervé & MELLO, Neli Aparecida. Atlas do Brasil. Disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2008. (Adaptado)
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ATIVIDADE DE SOCIOLOGIA 2º ANO PROFª SELMA - SEMANA DE 15 A 19 DE JUNHO
Cultura erudita e Cultura popular
O sentido de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura corresponde a um conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um determinado grupo artístico (literário, dramatúrgico, musical, derivado das artes plásticas etc.) que cultiva, de algum modo, um padrão estético semelhante.
Podemos estabelecer dois tipos básicos de cultura, tomando uma concepção restrita da palavra que se refere mais ao ambiente estético e artístico do que a um conjunto de saberes coletivos. Esses tipos são: Cultura erudita e Cultura popular.
- Faça uma breve pesquisa sobre esses tipos de cultura com exemplos.
Obs: A pesquisa deverá ser postada também no Google classroom.
Hey Folks!
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